sábado, 19 de setembro de 2015

Moodboard: Primavera

A primavera está chegando.

Vai aqui um moodboard/painel de inspiração para a minha primavera!



A Garota Com A Cabeça Nas Nuvens...

...e os pés no chão.


































Trilha Sonora:
 &


***

E você? Qual o seu Moodboard para a primavera?
Deixe o link nos comentários caso você crie um!

Beijos,
Ju



sábado, 15 de agosto de 2015

Magia & Euforia


{Diário}

Faz poucos dias desde que o meu mundo explodiu em mil pedaços amargos, mas parece que já se passaram anos. E assim aprendo que o tempo deve ser a coisa mais mágica nesse mundo.
Às vezes me pergunto se eu sinto demais, mas na verdade não queria que fosse de outro jeito. Eu quero sentir tudo. Mesmo se às vezes doer. Os sentimentos são as únicas coisas que realmente são meus e de mais ninguém.
E com o tempo eu aprendo que o destino não nos deve nada - principalmente a fazer algum sentido. O que um dia brilha, já pode virar pó no próximo instante. E não fará sentido porque que você estava tão eufórica, mesmo se não era para ser. Mas eu aceito e sigo em frente, assim como o resto do mundo. Alguns dias são feitos para nos lembrarem o quanto conseguimos sentir.
Eu chorei tudo o que quis chorar - e ainda um pouco mais. A minha mãe fez um chá e me mostrou ideias espirituais e eu fiquei agradecida por ela. Ser amada também é uma forma de magia.

À noite deitei na cama e assisti ao meu novo seriado favorito "Sense8" e me senti confortada e menos sozinha. É estranho, mas quando estamos felizes, nos sentimos ligados ao mundo inteiro. Mas quando a tristeza bate, parece que estamos sozinhos com a nossa dor. Assistindo ao seriado, senti uma vontade de escrever para os criadores da série para dizê-los que para uma garota, essa série foi o que ela precisou para se lembrar que nesse mundo 7 bilhões de pessoas também vivem, sonham e sofrem e que no fundo todos nós nos entendemos quando o assunto é decepções.
Se o mundo cantasse uma canção sobre decepção, ela nunca acabaria.

Na próxima manhã lavei a decepção da pele e observei como ela descia pelo ralo. Eu tomei o meu chá e engoli a amargura e resolvi fazer o que tinha me prometido na noite anterior: dedicar o dia às coisas boas e à minha mãe.
Fui dar a minha aula de inglês e esqueci tudo, porque eu estava no controle. O que a vida tem de planos para nós, não podemos controlar. Mas o que fazemos com eles, isso está nas nossas mãos. Então vesti a minha nova calça feita em casa e fui ao parque com a minha mãe para ver o pôr-do-sol. Comemos sanduíches e tomamos água de coco enquanto o céu queimava laranjado. Tudo estava quente e alegre e parecia uma noite de verão inocente, mesmo sendo o auge do inverno. Um dia atrás, o meu mundo estava caído e hoje estava sentada debaixo do céu de verão e sentia a vida em minha volta pulsar que nem um coração selvagem.

Resolvemos comer sushi e eu encontrei o caminho desconhecido como se eu soubesse para onde queria ir. De repente estava eufórica novamente e pensei: comida também deve ser uma forma de magia.

O próximo dia, o domingo, foi quente e dourado e eu e minha mãe passeamos pelas nossas ruas preferidas. Eu contei histórias da minha época de escola para ela e de repente eu volto a ser a pequena menina que amava fábulas, mas agora meus contos não são mais inventados. Eu conto do meu passado sem sentir falta dele. Eu só anseio pelo meu futuro, como se estivesse nostálgica por algo que ainda não existiu.

À noite sentamos juntas no sofá e rimos de besteiras na TV e eu estou feliz. Sentar ao lado da minha mãe é tudo que quero no momento.

Os dias são quase todos iguais. O ar é quente e cheio de sonhos, cheio de grandes expectativas. Às vezes tem cheiro de baunilha ou sol, dos incensos que ascendo. O sentimento que acompanha os dias já é quase doce-amargo, porque eu consigo ver o futuro e eu sei que coisas boas estão por vir, mas também sei como vamos sentir falta desse tempo. Eu consigo sentir as mudanças no ar. Nada será como um dia foi.
Eu vivo o agora como se já fosse o passado. Sinto saudade de momentos que acabaram de passar. Minha vida é uma contagem regressiva até a próxima viagem, até o próximo destino, até a próxima vida. Mas aqui, onde estou, encontrei uma vida da qual sentirei saudades.

E o que mais sinto é gratidão pelas euforias, pelos milagres e pelas magias da vida e aguardo até viver as próximas.








{Todas as fotos foram tiradas por mim quando estive em Pirenópolis/GO :) Acho que representam bem o sentimento que descrevi no texto.}


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Um anjo caído: River Phoenix


Já mencionei algumas vezes que eu amo o River Phoenix e algumas pessoas me pediram para fazer um post sobre ele. Confesso que enrolei, porque escrever sobre pessoas que são especiais para nós é mais difícil do que parece.
O que eu posso dizer sobre o River Phoenix a não ser que ele foi tão especial que, depois de mais de 20 anos desde da sua morte, ele continua inspirando as pessoas. Eu não acho que ele se deu conta disso enquanto vivo, mas ele teve um impacto enorme no mundo. Acho que todos nós gostaríamos de dizer que fizemos uma diferença enquanto vivemos. E River realmente fez.

Eu descobri de fato quem River Phoenix era em 2012. Vi uma citação dele falando sobre homosexualidade e achei legal, então joguei o nome dele no Google. Poucas semanas depois, tinha virado vegetariana. Não muito depois, aprendi a alinhar o meu corpo com a minha mente e a minha alma. Dizem que muitas pessoas que param de comer carne e produtos de origem animal sentem essa transformação. Não sei se é verdade (apesar de ter sentido isso na minha vida), mas o que eu sei com toda certeza é que o River mudou a minha vida. Se eu nunca tivesse lido nada sobre ele, não teria virado vegetariana, e essa mudança foi muito positiva na minha vida. E para mim, isso é incrível: como ele continua tendo esse impacto sobre as pessoas. 

Okay, você pode estar se perguntando: que lindo essa história, mas quem é que era esse tal de River Phoenix? Um profeta? Um líder dos direitos dos animais?
Para mim ele era um ser iluminado, mas enfim. Vamos aos fatos!
River Phoenix era um ator e músico americano. Nasceu em 1970 e morreu em 1993, aos 23 anos. Ele trabalhou desde pequeno como ator e tornou-se um ídolo teen nos EUA e no mundo. Só que, diferente de muitos outros atores que têm um legado de fãs e têm sucesso desde cedo, River era respeitado na indústria de entretenimento. Não tem como negar que ele tinha talento. Ele até foi indicado ao Oscar pela sua atuação em "Running On Empty" (Brasil: O Peso De Um Passado, 1988) quando tinha 18 anos.

O cineasta Sidney Lumet, que dirigiu River no filme "Running On Empty" disse sobre River: "O talento dele é original. River não sabe fazer nada falsamente. Dê a ele uma direção falsa e ele vai olhar para você desamparado. Ele tem uma técninca surpreendente que ele desenvolveu sozinho - ele nunca estudou atuação. Ele não conseguiria ser uma pessoa comum nem se ele tentasse."

River e Sidney Lumet, o diretor do filme 'Running On Empty'
Quando se assiste os filmes do River, dá para notar como ele é diferente e natural em cada papel. Ele realmente se tornava o personagem.


A Costa Do Mosquito, 1986
Little Nikita, 1988
Running On Empty
Dogfight
Garotos de Programa
Garotos de Programa
I Love You To Death, 1990
The Thing Called Love, 1993

Ídolo Teen

Uma rara foto de River sorrindo!
(Pelo menos em fotos, entrevistas e até em filmes, raramente ele sorria)
Ele se tornou um ídolo não só para as garotas adolescentes, como também para outros garotos que sonhavam em se tornar atores. Entre eles, nomes de grandes estrelas de Hollywood, como Leonardo DiCaprio, James Franco e Jared Leto.

"Quando eu tinha 18 anos, River Phoenix era de longe o meu herói. Pense em todas aquelas performances dele enquanto ainda era tão novo - My Own Private Idaho (Brasil: Garotos de Programa), Stand By Me (Brasil: Conta Comigo). Eu sempre quis encontrar com ele. Uma noite, eu estava em uma festa de Halloween, ele passou por perto de mim. Ele estava muito pálido - ele parecia estar branco. Antes de eu conseguir dizer oi, ele já tinha ido. Foi para o (bar) Viper Room, onde ele caiu e morreu. Isso foi uma lição." - Leonardo DiCaprio 

"Quando eu estava começando a minha carreira, os dois caras que você queria seguir como modelos eram River Phoenix e Ethan Hawke." - Jared Leto




E não eram só fãs que admiravam o River. Os co-atores também contam de como o River era extraordinário.
Ethan Hawke, que trabalhou com River ainda criança no filme Explores (1985), disse: 
"Esse garoto...Eu nunca me senti mais comum em toda a minha vida. River era caótico! Os pais dele o criaram de uma maneira extremamente não convencional, eles foram pedintes. E eu pensava que a minha vida era fora do normal! A minha mãe tinha 17, eu era do Texas e agora vivia em Nova York. Eu sempre me senti como um personagem do Charles Dickens. Mas eu não estava tão perto de ser como Dickens tanto como o River.
Eu me lembro que ficamos em um pequeno motel enquanto filmamos, e eu olhei para fora da janela e lá estava esse garoto de 13 anos praticando a maneira de caminhar. Ele andava de um jeito e depois de outro. Eu pensei comigo 'Esse deve ser o menino que vai fazer a parte do Wolfgang no filme!'. Eu fui até ele e perguntei o que ele estava fazendo. Ele disse, 'Eu só estou tentando descobrir como o Wolfgang anda.'
A partir desse momento eu soube; River estava sempre na minha frente."

Ethan já falou bastante sobre River. Recentemente ele disse: 
"Quando River fez 'Garotos de Programa'..eu realmente acho que quando as pessoas hoje em dia falam sobre direitos dos homosexuais, eles esquecem como o River foi um dos atores que fez uma diferença. Ele era o maior ídolo teen, um ídolo como o Justin Bieber. James Dean não era nada ao lado do River."

Uma contradição


O problema de quando você se torna fã do River (ou levemente obcecada, como no meu caso), é que você descobre que é impossível saber muita coisa sobre ele. Ele era que nem uma pintura que muda de cor quando uma luz diferente bate sobre ela. De certa forma, ele não quis ser definido e lutava contra isso. Em entrevistas, ele mentia. Ele mesmo disse que mentia. Ele tinha um senso de humor diferente, provocativo e gostava de testar os limites das pessoas. Mas ao mesmo tempo, ele era muito gentil, sensível e tinha uma enorme empatia e compaixão. Só que quando ele achava algo errado, ele falava. Na maioria das suas entrevistas, ele acabava falando sobre algum assunto político ou sobre animais. Ele não se interessava pelo lado de fama, futilidade e glamour de Hollywood. Ele gostava mesmo era da arte em si. Quanto mais se lê sobre o River, mais ficamos fascinados porque não dá para dizer realmente quem ele era. Ele era uma contradição.


"Quando vi o River pela primeira vez, ele tinha cabelo bem longo e ele me pareceu - enquanto ele saía do elevador - como um anjo, algum tipo de ser sobrenatural. Um anjo poderia ser Gabriel, mas um anjo também poderia ser Lúcifer. Da mesma forma que ele conseguía se aprofundar em partes profundas e obscuras, ele conseguía voar até as partes mais iluminadas." - Bobby Bukowski, Diretor de Fotografia do filme "Apostando no Amor" (Dogfight, 1991)



O ativista

River usando um moletom da PETA
River queria fazer a sua parte para melhorar o mundo. Ele tinha muitas ideias. Nunca vou me esquecer de quando li a seguinte citação dele: "Eu queria ter dinheiro suficiente para comprar partes da floresta Amazonica e ajudar a preservá-la da destruição." Em várias entrevistas, ele menciona que queria trabalhar, fazer filmes, para poder comprar terras e salvá-las do deflorestamento. Quando li isso, pensei como o destino é cruel de deixar só pessoas egoístas ficarem ricas, enquanto que as pessoas que têm o coração no lugar certo, ou não ficam ricos ou morrem cedo, como no caso do River.
Ele sempre tocava nesses assuntos.


Entrevistador: Amar os animais pode realmente salvar o planeta?
River: "Ás vezes, temos que começar pelas pequenas coisas antes que possamos desfazer problemas maiores. Se você nota um morador de rua e vê o seu apuro e o entende, a partir daí você enxergará todos os moradores de rua de maneira diferente. É a mesma coisa com os animas. Assim que você se conscientiza, você não consegue ficar parado e observar enquanto eles são explorados. E é recompensador poder ajudar animais indefesos."



Entrevistador: Como que as suas motivações sociais afetam o seu trabalho?
River: "Afetam o meu ser. Eu não preciso deixar sempre amostra para que seja notado. Simplesmente faz parte de mim. Mas naturalmente, quando aprendo algo, eu gosto de compartilhar. E eu espero que outros façam o mesmo comigo. Então sempre que posso, eu tento trazer as minhas crenças éticas até o meu trabalho. Antes de começar a filmar, eu trabalho junto com o departamento de figurino para que as minhas roupas não sejam de couro ou de pêlo. Eu também peço aos maquiadores para usarem maquiagem que não tenha sido testada em animais. Na maioria das vezes as pessoas respeitam as minhas crenças e ajudam a adaptá-las."


Muitas pessoas têm uma certa preguiça de veganos e vegetarianos, por nos acharem chatos, cheio de frescuras, etc. E acho que River sabia disso, então sempre que ele falava sobre o seu estilo de vida vegano, ele tentava mostrar que não era frescura, que ele realmente acreditava naquilo.
"Se você não acredita [no veganismo], se não é uma convicção real, então, claro, parece uma coisa muito chata. Não é exatamente comum. Mas vale a pena? Claro que vale. Se você ama alguém, vale a pena andar um milhão de quilômetros por ela. Se você ama animais, então faz sentido que você vai cuidar deles." - River numa entrevista para a revista 'Sassy Magazine', outubro de 1989

"Ele era um vegetariano rigoroso, um vegano - mas não era sobre saúde, era sobre não matar...Isso é um ponto muito importante. Ele queria ser livre; ele não queria estar acorrentado à nada. Ele não sentia medo de nada. Ele não tinha medo." - Sky Sworski, amigo e assistente pessoal de River desde a sua infância

River se importava com muitas coisas - como mencionei antes, ele se preocupava com o meio ambiente, com o capitalismo e o que isso causava. Nessa entrevista baixo dá para se ver muito esse lado do River, que não era muito de dar entrevistas na TV, mas que participou desse debate em um talk show americano (pena que não existem mais esses tipos de diálogos na TV com celebridades- eles poderiam mudar o mundo se tentassem):

(Essa é a parte 1, aqui estão as outras partes: 2, 3, 4, 5)

Além disso, River também se preocupava com a comunidade LGBT e várias vezes se pronunciou sobre preconceitos ou sobre fazer a sua parte para focar nessas pessoas de uma maneira humana:
"Eu ainda acho estranho que uma pessoa poderia ter qualquer objeção moral sobre a sexualidade de uma outra pessoa. É como dizer à alguém como ele deveria limpar a sua casa."

River sobre o filme 'Garotos de Programa':
"Eu acho que é muito importante para a comunidade gay de ter personagens aleatórios que representam nada mais do que pessoas...eu acho que faz parte de uma onda que vai preceder algo que vai desfazer a necessidade de termos rótulos."



E ele também era feminista. Ele disse ter feito o filme 'Um Sonho, Dois Amores' ('The Thing Called Love', o último filme completado antes da sua morte) por achar que era um filme que dava um espaço a mulheres que era raro em Hollywood. O filme fala de uma garota que sonha em ser compositora e se muda para Nashville, o coração da música country. A protagonista se apaixona (pelo personagem do River), mas a história é focada no sonho dela e no final não fica claro se ela fica com alguém ou não.

Ele tinha essa noção de que a indústria tratava mulheres de forma diferente e ele não concordava e falava sobre isso em entrevistas: 
"Eu não consigo imaginar ser uma atriz hoje em dia. Se eu fosse uma mulher, eu não sei quem eu seria agora. Eu não teria tido a chance de crescer até esse ponto. É um caminho muito difícil para se tornar uma Sissy Spacek ou Meryl Streep."

Mas apesar de falar muito sobre assuntos sérios, ele não se levava tão à sério. Ele só tentava fazer a sua parte e via isso como uma coisa natural (que na verdade, é - para seres humanos decentes).

"Eu não quero ter o hábito de pensar sobre a minha carreira, porque se for realmente ver, não é tão importante. Eu poderia morrer amanhã e o mundo seguiria em frente. Eu não quero me separar do resto do mundo. Se o mundo não está indo bem, eu faço parte disso. Eu aceito a culpa sem problemas. Eu estou junto nessa."

Olha, é triste pensar que ele só viveu até os seus 23 anos. Hoje, com 24, sou mais velha do que ele jamais seria. Mas de outro lado, acho que River foi um espírito tão evoluído que não tinha como ficar aqui por muito tempo. Por isso que dizem que os bons vão cedo - esse mundo não é o lugar deles.

Abaixo mais fotos e algumas curiosidades sobre o River:


Entrevistador: Todos os nomes da sua família são simbólicos?
River: "Acho que sim. Meus pais me deram esse nome por causa do rio da vida no livro 'Siddhartha' de Herman Hesse. O nosso sobrenome nós adotamos quando saímos da America Latina e retornamos aos EUA quando eu tinha nove anos."
(O nome completo original do River era River Jude Bottom, depois mudaram o sobrenome para Phoenix)

River era o irmão mais velho de cinco crianças. Entre eles está o ator de Hollywood Joaquin Phoenix. As irmãs se chamam Rain, Summer e Liberty. Só Summer e River eram loiros.


"Claro que quando eu estava na primeira série, todo mundo me zoava por causa do meu nome. Eu acho que é meio que um nome grande de se ter quando você tem nove anos. Parecia meio bobo. Eu dizia às pessoas que eu queria mudar o mundo e eles pensavam 'Esse menino é muito esquisito'".



Se ele não tivesse sido ator, ele gostaria de ter sido músico. Ele na verdade teve uma banda, Aleka's Attic. 
"Eu amo música. Faz parte de mim. Eu gosto de jazz, música folk, Bob Dylan. Bowie mais antigo, e Roxy Music mais antiga para dormir. Eu gosto de Steely Dan e um pouco de Pink Floyd. Led Zeppelin antigo também. Os Beatles são a minha bíblia, nem precisa dizer. E eu gosto de música clássica."
Outras bandas e artistas que River gostava: Squeeze (as mais antigas), U2, XTC, Bob Marley, Fugazi, Cypress Hill, The Smiths, Public Enemy, Midnight Oil, The Police.


"Eu sou um amante de música. Eu acabei de comprar um violão e eu toco muito, eu gosto de escrever músicas - é meio folk-rock progressivo etéreo, eu acho [rindo]. Mas eu também tenho esse outro lado que é muito hiperativo e atlético, mas eu não gosto muito de esporte organizado. É mais, tipo, pular no pula-pula e brincar de pega-pega com os meus irmãos. Isso é muito divertido, passar tempo com as minhas crianças - eu chamo eles de minhas crianças." - River para a revista Playgirl, 1988



Entrevistador: Você disse que é mais ligado à pessoas e sentimentos do que à lugares e coisas.
River: "Sim, e lembranças também. Meu estilo de vida é estranho porque eu não tenho um lar. Nós sempre nos mudamos, então minha única referência é a minha família, não um bairro ou uma escola. Minha vida é espontânea e sempre em movimento."


Gus Van Sant, diretor de 'Garotos de Programa' sobre River: "Se você dissesse: 'Não tão alto!' ele achava que era uma reação engraçada, como se você tivesse paranóico. Ele tinha competições de gritaria com pessoas, quando ambos gritavam: 'Seu idiota de merda!', mas no final ele acabava gostando da pessoa. Ele gostava de pessoas que não deixavam ele fazer qualquer coisa."





















O tutor de River, Dirk Drake lembra de um episódio numa festa em 1988 em que Skinheads estavam provocando River. "Ele sorriu com uma inocência incrível,' disse Dirk, "e disse ' Se vocês realmente querem me bater, vão em frente, mas me expliquem porque fazer isso.' Os Skinheads ficaram de cara. Um dos caras começou a dizer: 'Ah, você nem mereceria.' e o River disse 'Nós merecemos, cara, nós merecemos milhões de planetas e estrelas e galáxias e universos."


O seu melhor amigo, o ator Keanu Reeves: "River sentia as coisas diferentemente de mim. Ele permitia que todo o sofrimento do mundo chegasse a ele e ele queria que todo mundo fosse tão livre e feliz como ele."


"É um ótimo sentimento de pensar que eu posso ser um amigo para tantas pessoas através dos meus filmes." - River Phoenix



River morreu no dia 31 de outubro, 1993 aos 23 anos, numa festa de Halloween no bar Viper Room do Johnny Depp em Los Angeles. A causa da morte foi overdose de heroína e cocaína em forma de uma bebida fatal dada à ele por um amigo. Porque o amigo dele resolveu lhe dar essa bebida nunca foi esclarecido. River tomava drogas sim, mas segundo vários relatos, na época em que morreu estava sóbrio - ele estava no meio das filmagens do seu último filme, "Dark Blood". Portanto, a overdose ocorreu sem ele ter tido a intenção de ingerir aquela quantidade fatal de drogas.
O seu irmão Joaquin e a sua irmã Rain estavam presentes na noite fatal. A namorada do River, Samantha Mathis (que ele conheceu durante o filme The Thing Called Love), também estava com ele. Aparentemente, River nem quis sair nessa noite, mas os irmãos dele o convenceram. Infelizmente, River se envolveu com coisas e pessoas erradas.

Dizem que River queria parar de atuar, mas não sei se isso realmente é verdade. River iria fazer o papel do entrevistador no filme 'Entrevista com um Vampiro', que acabou ficando com Christian Slater. Dois filmes para qual queriam o River - 'Eclipse De Uma Paixão' e 'Diário De Um Adolescente' - ficaram com o Leonardo DiCaprio. Outro papel para qual ele foi considerado era o de Jack Dawson do filme Titanic (apesar de que não consigo imaginá-lo nesse papel - muito sorridente para o River). Quer dizer, a carreira do Leonardo DiCaprio seria basicamente inexistente se o River ainda tivesse vivo! Fato é que, se River tivesse vivo, ele seria um dos principais atores de Hollywood hoje em dia.

Ah, que tristeza de você ter nos deixado tão cedo, River. Mas pelo menos sabemos que tem um anjo por aí que acha que nós temos o valor de milhões de estrelas e galáxias e universos.

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Faça a sua parte!

  • Recomendo a todos a darem uma lida sobre o vegetarianismo e considerar diminuir o consumo de carne e produtos de origem animal - ou até mesmo parar de vez de comer carne. Esse site têm muitas informações: www.vegetarianismo.com.br  Considere pelo menos ter um ou dois dias por semana sem carne! Sou vegetariana desde março de 2012 e só não me tornei vegana ainda porque não consegui eliminar produtos como ovo ainda. Mas sempre compro de agricultores locais para pelo menos não apoiar as grandes indústrias. Futuramente quero me tornar vegana. Não tive nenhum problema para parar de comer carne e, como mencionei no texto acima, sinto que mudei muito desde que parei de comer carne.
  • Não compre produtos de couro ou pêlo - hoje em dia existem alternativas sintéticas de ótima qualidade.
  • Pense além do seu horizonte e seja aberta para se educar sobre assunto atuais que envolvem os direitos humanos e questões ambientais. Todos nós somos responsáveis por esse mundo e pelas pessoas que vivem aqui. Só porque você não é afetado por um determinado problema, não quer dizer que você não deva ajudar a desfazê-lo.
Para quem se interessar e quiser se informar mais, dêem uma olhada nas seguintes organizações:
Educafro (aqui tem um link de como ajudar também -  achei a opção de fazer um cursinho de Português para refugiados muito legal! Têm muitos refugiados agora no Brasil que precisam aprender Português)

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E você? Tem alguma ONG ou organização que conhece e quer compartilhar? Deixe nos comentários!
O que achou do River Phoenix? Já conhecia, já viu algum filme dele? Conte-me nos comentários também!

Beijos,
Ju