segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Aos sonhos e aos caminhos que levam à eles

É inexplicávelmente misterioso como podemos todos ser tão diferentes um dos outros mas, ao mesmo tempo, compartilharmos tantas coisas, que conseguimos nos sentir emocionados com hisórias de pessoas estranhas que nunca antes vimos. 
É algo mágico, quase, ao pensar que pessoas do outro lado do mundo, cujas linguas provávelmente nem entendo, conseguiriam me entender e sentir por mim e junto comigo. Todos somos iguais e tão diferentes.

Todos nós sonhamos e buscamos caminhos para chegar ao nosso desejado destino.
Sonhos muitas vezes são as únicas armas que temos para nos defendermos dos monstros que invadem nossa vida. Sonhos são aquele abraço apertado que muitas vezes queriamos receber ao chegar em casa. Sonhos são as músicas da época da nossa infância, que nunca realmente esquecemos. Sonhos viram histórias tão incríveis e magníficas que parecem contos de fadas da vida real. Sonhos viram letras e mais letras, impressas não apenas nas memórias das pessoas, mas também nos livros de história.
Sonhos são o que fazem de nós quem no final sempre queríamos ser.

Foi assim que a história de Iolanda começou. Com um sonho. Hoje, tornou-se um livro com a capa brilhante, enchendo vários corações de alegria e orgulho. O título - “Iolanda não desiste!” – já dá a entender que ela nunca aceitou as coisas como elas deveriam ser. Ela correu atrás. Veio lá dos matos de Paraíba à Brasília, deu uma volta no Rio de Janeiro, até procurar um destino bem longe de tudo que conhecia, na Alemanha.

O livro conta de quatro gerações de mulheres amaldiçoadas, a imigração do interior para a nova capital federal Brasília, a luta pelos sonhos, a fuga dos pesadelos e, principalmente, conta da eterna busca de uma mulher que nunca desiste. É uma história verídica, que até hoje não acabou, mas que teve uma parte dela guardada em memória.
Escrito com amor aos detalhes e à língua portuguesa, o texto do livro lê-se bem apesar de encontrarmos palavras bem sofisticadas nele. É uma ótima oportunidade de ampliarmos o nosso vocabulário. Além de refletir a realidade de muitos imigrantes, a história acompanha a sedutora e independente Mercedes, mãe de Iolanda – com quem seguimos até o final do livro. Liberdade fora sempre o que Iolanda mais quis na vida dela e atrás dessa que ela segue enquanto passa por vários caminhos arriscados e muitas vezes perigosos. Cada letra dessa história suspira a melodia inquieta dos passos de Iolanda, que pelo jeito, não desistem tão fácil.
Madalena, a cigana, não falou mais nada em relação à Mercedes. Agora, dirigindo-se à Iolanda, falou:- Os olhos azuis dessa menina vão enfeitiçar muitos homens. Ela cruzará o oceano, será iludida por alguém, tentando fugir da sua maldição, mas terá muita sorte, encontrará a chave. A chave representa a solução dos problemas, as respostas aos anseios, a certeza num mundo de dúvidas, a autoconfiança, a conquista dos objetivos. Essa chave, apenas ela, pode dissipar a maldição. Essa menina tem espírito de andarilho, é sua face cigana, ela gosta de se mudar, respirar novos ares e conhecer pessoas diferentes. (Trecho de “Iolanda não desiste!”)



O livro “Iolanda não desiste!” do brasiliense Alex Amorim de Sousa está disónível aqui e na Livraria Cultura.















Beijos,
Ju

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