segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Como perder tempo

Enquanto o ano se despede de nós e nos preparamos para um novo começo em Janeiro, muitos de nós estão curtindo uma preguiça nem tão produtiva. Sim, é epoca de férias e todo mundo tem o direito de relaxar e não fazer PN. Isso é bom, eu pessoalmente a-do-roo. Mas, de outro lado, a vida é curta e quando estivemos com 77 anos vamos nos arrepender de todas essas horas perdidas na preguiça, enquanto nossa pele ainda brilha de juventude e o nosso corpo aguenta qualquer atividade que envolva um pouco mais de esforço. Por isso, vamos perder tempo sim, mas de uma forma mais, digamos, lucrativa.

A Lista dos Afazeres extraordinários e muito relaxantes para a época das Férias:

1. Reorganizar Lembranças

Antigamente, num mundo bem distante, não existiam cameras digitais. Nem páginas de internet como Facebook, Orkut, etc. Não sei como as pessoas sobreviviam, mas de alguma forma o conseguiam. Aqueles que não estavam muito ocupados inventando tais cameras digitas e redes socias no mundo virtual, ficavam contentes em revelar as suas fotos numa loja, não na impressora em casa, e colar as ditas fotos num álbum enorme e muito querido. Sim, os álbuns de fotografia eram muitas vezes a salvação daquele silêncio sem graça – sempre que uma visita chegava e o assunto faltava, os álbuns resgatavam o entretenimento. A vida inteira das pessoas estava lá, coladinha, organizadinha, e podia ser contemplada a qualquer momento. Na verdade, ainda existem pessoas que costumam fazer álbuns de fotografia, mas elas estão em extinção. Mas pensando bem, deveriamos voltar a ter esse hábito. O computador ou laptop é talvez um lugar mais ecôlogicamente correto para guardar as fotos, já que não precisamos revelar as fotografias nem colá-las em álbuns feitos de papel, mas de outro lado, perdemos todas as nossas lembranças caso o PC/MAC quebrar, for roubado ou sei lá, desaparecer. E aí, o que fazemos? Os nossos filhos não vão nunca saber das nossas vidas. Isso pode ser bom, dependendo das suas histórias, mas no meu caso, prefiro ter algo para mostrar a eles. Por isso, está aqui uma atividade relaxante e muito produtiva: fazer um álbum de fotos, como faziamos antigamente!

Aqui algumas ideias da internet, no estilo Scrapbbook:

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2. Reassistir a alguns seriados da sua infância

As nossas lembranças estão traçadas com muitas coisas, que quando vemos, ouvimos ou sentimos, desperta aquela sensação do nosso passado. Pode ser uma música, um cheiro, um lugar ou uma história. Como sempre fui muito viciada a filmes e seriados, existem alguns que sempre irei relacionar com a minha infância, e por isso, os amo ainda mais. Às vezes, não há nada melhor do que fazer uma maratona desses velhos seriados.

Os favoritos da minha infância:

My So Called Life (Brasil: Minha vida de cão)

O seriado perfeito sobre a adolescência, o primeiro amor, as inseguranças e pressões da escola e as dificuldades em encontrar quem realmente somos. Claire Danes está muito fofa e Jared Leto era o gato (antes de virar um freak). Eu amo tudo sobre esse seriado.

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Buffy the Vampire Slayer (Brasil: Buffy, A Caça Vampira)

Eu sempre amei Buffy e nunca vou parar de gostar dela. Acho que todas as heroinas de livros de vampiros deveriam ser como a Buffy: segura de si, engraçada, sexy e muito forte. Ela teria acabado com o sem gracinha do Edward com um piscar de olhos.

tumblr_le0ecxE8t41qf8qkso1_400 tumblr_le010mIzm11qc2xaoyaytv tumblr_le0ftcR8Jp1qav7bco1_500 Haha!

3. Organizar o guarda roupa

Além de dar aquela arrumadinha de fim de ano no quarto e guarda roupa, também encontramos várias peças que nunca usamos e muitas vezes nem queremos mais. Com essas roupas podemos fazer várias coisas – doá-las, tranformá-las em algo mais moderno, restaurá-las, organizar um ‘Quero, Não Quero' (também conhecido como Swap Parties, onde amigas se encontram e fazem um troca-troca com suas roupas das quais enjoaram) ou montar um site de Brechó pessoal. Se as suas roupas tiverem em boas condições e foram de marcas boas, pode até vendê-las num brechó da sua cidade.

Que tal customizar os seus jeans?

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4. Ler, ler, ler

A minha atividade preferida! E como sempre tenho algumas sugestões de leitura:

Para quem gosta de Fantasy/Urban Fantasy:

Kristin Cashore – Graceling e Fire

Richelle Mead – A serie Vampire Academy (é sobre vampiros, mas até que é muito bom)

J. R. Ward – Anjos Caídos (estou lendo no momento)

Outros livros que são ótimos:

Chuck Palahniuk – O Clube da Luta

Alex Amorim de Sousa – Iolanda não desiste

Stephen Chbosky – As vantagens de ser invisível

Jerry Spinelli – A menina das estrelas

5. Fazer a sua lista deluxe de resoluções para 2011

Todos nós temos objetivos – agora é a hora perfeita para estudarmos as nossas prioridades e montar uns planos para realizar todos os nossos sonhos. Faça uma lista e um plano – organização é tudo!

6. Escrever cartas

A era virtual facilitou muito as nossas vidas, mas também as transformou em algo menos pessoal. Tudo se resolve hoje através das teclas do computador ou do celular…que tal mudar isso? Sim, escreva uma carta e mande-a pelo correio para aqueles amigos que moram longe de você. Eles vão amar (eu amaria!).

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7. Treinar maquiagens

Todo mundo sabe que exercício faz de qualquer um o mestre. Eu treino desde que tenho 12 anos e estou ficando a cada dia melhor!

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8. Planeja o seu dia perfeito

Cada uma de nós merece o seu dia perfeito. Faça o que sempre quis fazer e nunca pôde – ou então, preencha as 24 horas com as suas atividades preferidas. Sejam elas tomar um sorvete enorme, dançar, ir ao salão de beleza, fazer um bolo, redecorar o quarto, ir ao cinema, passear pela cidade, tirar fotos do pôr-do-sol. Monte uma programação cheia de perfeição e se quiser, chame uma amiga e compartilhe o seu dia com ela!

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9. Faça o limpa das negatividades

Aquela peça de decoração no seu quarto que te traz lembranças não muito agradáveis; aquela amiga que parece mais uma concorrente; aquele sapato que você na verdade odeia, mas por ter sido tão caro, nunca botou fora; o perfil do seu ex-namorado no orkut/facebook – está na hora de deletar essas pequenas (ou até grandes) causas de negatividades da sua vida, abrindo espaço para muita positividade!

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10. Perca os seus medos

Todos nós temos alguns monstros debaixo da cama. Mas, sério, não acha que está na hora de enfrentá-los? E qual será a melhor forma de perder tempo produtivamente do que livrar-se dos seus medos? Medo de altura, medo de ligar para aquela pessoa, medo de ir sozinha até a próxima cidade, medo de falar em público -  tudo isso pode ser do passado se você enfrentar!

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11. Vá dormir na casa da sua melhor amiga

Diga a verdade: uma das melhores coisas de ser adolescente, é ter aquelas noites infinitas ao lado da melhor amiga e conversar até o sol raiar. Mas nada diz que você não pode mais ter essas horas alegres com a sua BFF. Compre alguns doces, leve um vinho e um pijama confortável, desligue o celular e caia nas gargalhadas com a sua amiga. De repente dá até para combinar com várias amigas ao mesmo tempo e aí a noite realmente vai bombar ;)

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12. Busque inspirações em pessoas incríveis

Quem é seu ídolo? Karl Lagerfeld, Lula, Anna Wintour, A Princesa Diana, J.K. Rowling ou Shakespeare? Procure se informar sobre eles -  a vida e o caminho deles e como se transformaram em pessoas tão inspiradoras. Quem sabe você aprenda algo com eles?

13. Agradeça!

Faça uma relação de todas as coisas boas e maravilhosas que aconteceram e estão acontecendo na sua vida. Às vezes nos esquecemos das coisas que recebemos e apenas pedimos mais da vida. Então, pare para pensar e diga: Obrigada!

14. Colore as suas quatro paredes!

Cartões portais, colagens, recortes de revistas, fotos de amigos – há tantas formas de decorar as paredes ou espelhos, armários e até a geladeira. E elas com certeza alegrarão você cada vez que olhar para as suas decorações bem pessoais.

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15. Seje ecôlogicamente incorreta e…

Tome um banho de banheira na luz de velas, lendo um ótimo romance.

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16. Ligue para aquelas pessoas

Sabe quais? Exatamente aquelas das quais você não escuta mais há muito tempo. Perder o tempo contando e ouvindo as novidades é uma ótima forma de ser semi-produtiva!

 

Poderia continuar essa lista até a eternidade, mas percebi que estou sendo produtiva demais para um dia. Tenho que voltar a perder tempo! ;)

Bisous,

Jules

domingo, 19 de dezembro de 2010

Os fantasmas da Segunda Guerra Mundial

Palavras nem sempre descrevem tudo. Às vezes imagens falam mais que poderiamos dizer com mil palavras. As fotos à seguir são do fotografo russo Sergey Larenkov, que com a ajuda do Photoshop misturou o passado com o presente, mostrando as tristes histórias de cidades como Berlin, St. Petersburg, Praga e Paris das quais nunca devemos nos esquecer.

Credit: Sergey Larenkov

поцелуй,

Jules

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Aos sonhos e aos caminhos que levam à eles

É inexplicávelmente misterioso como podemos todos ser tão diferentes um dos outros mas, ao mesmo tempo, compartilharmos tantas coisas, que conseguimos nos sentir emocionados com hisórias de pessoas estranhas que nunca antes vimos. 
É algo mágico, quase, ao pensar que pessoas do outro lado do mundo, cujas linguas provávelmente nem entendo, conseguiriam me entender e sentir por mim e junto comigo. Todos somos iguais e tão diferentes.

Todos nós sonhamos e buscamos caminhos para chegar ao nosso desejado destino.
Sonhos muitas vezes são as únicas armas que temos para nos defendermos dos monstros que invadem nossa vida. Sonhos são aquele abraço apertado que muitas vezes queriamos receber ao chegar em casa. Sonhos são as músicas da época da nossa infância, que nunca realmente esquecemos. Sonhos viram histórias tão incríveis e magníficas que parecem contos de fadas da vida real. Sonhos viram letras e mais letras, impressas não apenas nas memórias das pessoas, mas também nos livros de história.
Sonhos são o que fazem de nós quem no final sempre queríamos ser.

Foi assim que a história de Iolanda começou. Com um sonho. Hoje, tornou-se um livro com a capa brilhante, enchendo vários corações de alegria e orgulho. O título - “Iolanda não desiste!” – já dá a entender que ela nunca aceitou as coisas como elas deveriam ser. Ela correu atrás. Veio lá dos matos de Paraíba à Brasília, deu uma volta no Rio de Janeiro, até procurar um destino bem longe de tudo que conhecia, na Alemanha.

O livro conta de quatro gerações de mulheres amaldiçoadas, a imigração do interior para a nova capital federal Brasília, a luta pelos sonhos, a fuga dos pesadelos e, principalmente, conta da eterna busca de uma mulher que nunca desiste. É uma história verídica, que até hoje não acabou, mas que teve uma parte dela guardada em memória.
Escrito com amor aos detalhes e à língua portuguesa, o texto do livro lê-se bem apesar de encontrarmos palavras bem sofisticadas nele. É uma ótima oportunidade de ampliarmos o nosso vocabulário. Além de refletir a realidade de muitos imigrantes, a história acompanha a sedutora e independente Mercedes, mãe de Iolanda – com quem seguimos até o final do livro. Liberdade fora sempre o que Iolanda mais quis na vida dela e atrás dessa que ela segue enquanto passa por vários caminhos arriscados e muitas vezes perigosos. Cada letra dessa história suspira a melodia inquieta dos passos de Iolanda, que pelo jeito, não desistem tão fácil.
Madalena, a cigana, não falou mais nada em relação à Mercedes. Agora, dirigindo-se à Iolanda, falou:- Os olhos azuis dessa menina vão enfeitiçar muitos homens. Ela cruzará o oceano, será iludida por alguém, tentando fugir da sua maldição, mas terá muita sorte, encontrará a chave. A chave representa a solução dos problemas, as respostas aos anseios, a certeza num mundo de dúvidas, a autoconfiança, a conquista dos objetivos. Essa chave, apenas ela, pode dissipar a maldição. Essa menina tem espírito de andarilho, é sua face cigana, ela gosta de se mudar, respirar novos ares e conhecer pessoas diferentes. (Trecho de “Iolanda não desiste!”)



O livro “Iolanda não desiste!” do brasiliense Alex Amorim de Sousa está disónível aqui e na Livraria Cultura.















Beijos,
Ju

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

C de Clássico

Um dia desses eu estava assinando alguma coisa e o menino que estava aguardando eu escrever meu nome, reparou na minha pulseira preta & branca da Chanel que meu pai trouxe da China pra mim. Essa pulseira tem os dois C’s da marca nela, e eu gosto muito dela porque combina com tudo e bom, eu adoro o logo da Chanel, como muitas pessoas também. E esse menino que estava esperando eu anotar meu nome também gostou. Ele apontou para minha mão e disse: “Bonito.” Eu fiquei meio confusa primeiro, porque eu pensei que ele estava falando da minha letra, o que nunca ninguém chamou de bonita. Mas aí eu percebi que ele estava se referindo à minha bijuteria chinesa. Eu dei um sorriso, e ele perguntou: “Esse símbolo tem algum significado?” E foi aí, nessa simples pergunta, que eu percebi como esse mundo é complexo e estranho e difícil. Porque o que eu deveria responder?

Sim, isso aqui é o logo da marca Chanel – uma marca francesa, que foi fundada no início dos anos 20 por Coco Chanel e do nome dela vêm os dois C’s. Coco Chanel mudou o mundo da moda, livrando as mulheres do espartilho e inventando itens tão importantes como calças para mulheres e conjuntinhos de tweed.” 

Ou talvez deveria responder o que a logo da Chanel significava para mim?

“Sim, isso aqui é o logo da minha marca preferida Chanel, sinônimo de elegância, sofisticação, classe, tudo que eu quero para minha vida.”

Talvez eu deveria responder o que os dois C’s significavam para o mundo?

“Sim, isso é o logo de uma das marcas mais tradicionais e mais famosas do mundo, dirigida hoje por Karl Lagerfeld, um alemão, e principalmente conhecido pelas suas bolsas, seus perfumes e suas jaquetas tweeds.”

Mas em vez de parecer uma enciclopédia viva, simplesmente respondi: “É o logo de uma marca.” Ele olhou bem satisfeito para a pulseira e sorriu. Não sei o que ele pensou. Talvez ele sabia tudo sobre Chanel e pensou que eu era uma retardada que usava coisas com símbolos de marcas das quais não sabia nada. Ou talvez não. Sei lá, não importa. O que importa – e o que eu queria dizer com toda essa história – é que eu fiquei tão surpresa comigo mesma naquele momento, porque eu não consegui entender como alguém não sabia nada da Chanel. E aquilo foi ignorante da minha parte, já que existem muitas coisas para se gostar nesse mundo e talvez marcas da haute couture francesa não sejam de importância para outras pessoas. Eu nunca fui intolerante aos outros gostos de outras pessoas com personalidades totalmente diferentes. E aí, de uma hora para a outra, percebi que eu estava involvida demais nesse mundo da moda. Eu sempre gostei de roupas & sapatos e sempre adorei ler revistas de moda com suas fotos brilhantes, mas eu não era tão por dentro de tudo isso como sou hoje. Não sabia os nomes das editoras chefes, não sabia como & quando aconteciam as fashion weeks, não conhecia mais que cinco marcas pelo nome e nem fazia ideia das ‘características’ de cada uma. Não lia artigos sobre moda, na verdade só olhava para as fotos. Ainda não sou uma expert, mas comparando com a Eu de alguns anos atrás, eu virei fashion victim em dois sentidos: na teoria e na prática. Antigamente eu gostava de moda até um certo ponto, mas não tinha coragem de usar algo um pouco mais ousado. É engraçado como a opinião de pessoas que nem conhecemos importa tanto quando você ainda não encontrou segurança no seu próprio estilo. Com o tempo eu fui evoluindo. Buscava ideias e inspirações em tudo: fotos em revistas, runway looks, filmes, video clipes, propagandas, às vezes uma música ou uma pessoa me inspirava. Em vez de me preocupar com o que os outros pensariam de mim se usasse tal peça ou combinação, eu esperava que alguém super legal & fashion me visse e gostasse da minha roupa. Atraves da internet eu descobri que existem pessoas com o mesmo gosto que você – às vezes eles só estão um pouco escondidos.

Anyway.

Eu comecei falando de Chanel e vou continuar falando de Chanel. Não porque é uma das minhas marcas preferidas, mas porque Coco Chanel é uma das minhas personagens (históricas) preferidas. Se eu pudesse convidar 5 pessoas para um jantar, ela estaria dentro dos meus convidados. Não porque ela fundou uma das minhas marcas preferidas (eu sei que estou me repetindo), mas porque ela era uma pessoa extremamente interessante. Uma bad ass da Moda, tipo como Anna Wintour, só que dez vezes melhor. Na minha prova oral de francês eu falei sobre Coco Chanel e eu acho que depois do meu discurso apaixonado, até minha professora estranha de français começou a gostar da Chanel. Porque não tem como não gostar. Se você não gosta de moda (e ainda tá lendo?) você vai gostar dela por ser uma mulher super mega forte e inteligente. Se você gosta de moda você terá mais uns motivos para pendurar um pôster da Chanel no seu quarto depois de ler esse post (que está ficando comprido demais. Tenho que parar.). Uma coisa que eu acho legal na moda é que ela permite tudo. Porque não são as revistas ou os estilistas que digam o que é moda. É a rua. É você e eu. Ou algo pega ou não. Ou você gosta ou não. E como gosto não se discute, ninguém pode dizer o que é feio, o que é bonito, o que é meu-deus-corra-e-não-olha-pra-trás. E cada um tem a suas preferências. Como por exemplo: eu. Sou extremamente apaixonada por rock’n’roll, por isso adoro couro, tachas, calça jeans rasgada, botas, cabelo comprido mal penteado, etc etc.

Tenho uma leve obsessão que está cada dia aumentando pelos anos clássicos – 40,50 – e pessoas que incorporam o senso de classe vs. sensualidade, como Dita von Teese, Scarlett Johannsen,Katy Perry (se bem que ela mistura também um pouco de pop/glitter no meio).

Adoro tudo que é vintage e amo coleções inspiradas nos tempos passados, como por exemplo o Pré-Outouno 2010 de Oscar de la Renta. Estava perfeito.

Eu gosto de contrastes (calça rasgada + blusa de renda), gosto de cores, amo preto. Porém, e voltando para Chanel, acredito que menos é mais. Sim, eu amo o estilo da Carrie do SATC e queria muito ter umas saias que nem as que desfila por NYC, mas infelizmente vivo numa realidade que inclui ir ao banco, andar de ônibus, trabalhar. Mesmo assim uso saias rosa-choques e meia-calças listradas – mas tem que saber combinar. Eu não gosto de looks ridículos. Não estou criticando, mas tem gente que gosta de muitas cores, combinações levemente malucas, meio Tim Burton - Alice no Mundo das Maravilhas – e enquanto adoro Alice, prefiro looks mais discretos. Mais pretos, mais simples, mais clássicos, sei lá. Eu respeito qualquer estilo e acho muito legal quando pessoas ousam vestir o que gostam, só que em mim prefiro menos loucura e mais retro glamour.

Por isso Coco Chanel é mais uma vez minha heroína. Pois ela falava coisas como isso:

“Antes de sair de casa, olha no espelho e tira uma coisa.”

e isso:

“Vista-se mau e eles lembrarão-se da roupa; vista-se impecavelmente e eles lembrarão-se da mulher.”

e finalmente isso:

“Uma menina deveria ser duas coisas: clássica e fabulosa.”

(clássica = classy; não achei uma tradução melhor e não estou a fim de pesquisar)

Não estou dizendo que eu só gosto do estilo Blair Waldorf comportado. Como eu já disse, adoro Rock’n’Roll. Então misturo do jeito que posso e gosto. Acho que Kate Moss consegue viver o estilo clássico-glamour-bohemian-rock e é disso que gosto. Misturar todos os aspectos de sua própria personalidade para ter um resultado super fashion e não-ridículo.

“Moda não é algo que apenas existe em roupas. Moda está no céu, nas ruas, moda tem a ver com ideias, com o jeito que vivemos, o que está acontecendo.”
-Coco Chanel

Elas adotam o estilo ‘menos é mais’: Emma Watson, Diane Kruger, Kate Bosworth, Audrey Tatou e muitas outras.

Bisous!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

no momento | no. 002

Lá vou eu com as minhas inspirações & coisas que me fazem sorrir no momento:

Cintia Dicker by Ellen von Unwerth for Lula Magazine #9.

Adorei a semana curtinha depois do Carnaval! Folgadíssima, I know!//comer sorvete com caldo de marshmallow//quando meu iPod ler a minha mente & meu humor & toca músicas que combinam totalmente com os meus sentimentos (eu sempre sabia que meu iPod tem vida. Ele é muito maravilhoso para ser apenas um aparelho)//chuva depois de muito muito calor//contar os dias até um novo curso começar//ler histórias sobre meninas que te inspiram//encontrar soluções para problemas que pareciam monstros//ter amigas maravilhosas (mesmo se num país bem distante) & ouvir os dilemas de cada uma & aconselhar todas// ignorar as opiniões alheias & do my own damn thing// tudo que é verde menta// planejar as visitas futuras de amigas//Lady Antebellum//ter ideias na cabeça//laços//trenchcoats &  mini-trenchcoats:

  Que fofura!

Campanhas de propaganda super mega legais como da Diesel e da Wildfox//Poêmas como Brisa de Danielle Chinaski do blog Que Legal Zine// A minha nova rádio online Grooveshark//deixar o meu lado bonzinho pra lá e fazer a coisa errada//

E agora algumas delícias visuais:

Cintia Dicker by Ellen von Unwerth for Lula Magazine #9.

Bisous!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Próximo destino: Moscow


Todos nós temos uma pátria, não é? Bom, eu tenho duas. Eu acho que é por esse motivo que eu fico toda nervosinha quando paro por muito tempo em algum lugar. Parece que tem alguém dentro de mim me enchendo o saco para seguir para um outro canto desse mundo enorme e maravilhoso. Eu sei, tá parecendo que sou uma international playgirl que só vive nos hotspots mais bacanas. Infelizmente, mes chéries, não sou nada disso. Eu bem que queria estar viajando e conhecendo gente incrível & diferente, passeando por lugares que roubam o meu fôlego, mas ainda não chegou a hora. E sim, eu acredito que minha hora de viajar e pular no mundo vai chegar algum dia (tomara que não demore muito).
Eu tenho uma lista de cidades que me aguardam que está pendurada na parede do meu quarto e aqui vou mostrar para todo mundo que quiser ver para onde vou e, mas importante, PORQUE.
O meu primeiro destino será Moscow, a bela cidade que já traz no seu próprio nome o ar de drama e riqueza que me espera por lá. Sim, Moscow, na imensa Rússia. Sim, Moscow, com o seu frio desgraçado (& encantador). Sim, Moscow com o povo russo que para mim ainda é um mistério (só conheci uma russa até hoje e ela nunca morou na Rússia. Então, o que esperar do pessoal de lá?)


Os Muscovites ou talvez os Russos em si são em vários aspectos bem diferentes do povo do ocidente. Como têm outra mentalidade e foram criados diferentemente de nós, acredito que nos surpreenderíamos muito com eles. Algo que achei interessante na minha pesquisa obcecada sobre Moscow e a Rússia em si, é a mentalidade das mulheres russas. Em vez de se focarem mais na carreira, como acontece com a maioria das mulheres do ocidente, as russas preferem cuidar da casa e dos filhos. & o que elas acham mais importante em um homen? Ele ser homem! Sim, não ser froxo e cuidar dela e simplesmente ser um homem pro-ativo. Diferentemente das mulheres daqui, que gostam de ser tratadas igualmente, as russas preferem se sentir protegidas. Eles falam que ‘uma mulher tem que se sentir como se estivesse por trás de uma parede de pedra’ – quer dizer, o homem tem que tomar conta de tudo. Machista? Tudo bem, um pouco, mas de outro lado, quem não gostaria de ser tratada como um princesa às vezes? O homem russo também tem que ser um gentleman – se não, ele já era. Sério, lá é a coisa mais normal do mundo o cara deixar você passar primeiro pela porta e te ajudar a tirar o casaco. (Não estou dizendo que isso não existe por aqui, mas vamos ser sinceras…os homens cavalheiros são espécies de extinção)
O que me fez pensar que eu preciso ir para Moscow e testar a cavalheirice dos Muscovites e depois contar para todo mundo se é verdade!
Mas porque me interessei mesmo por Moscow não foi só pelo fato dela ser uma cidade gigante e super longe de onde moro no momento, e por esse motivo algo exótico e desconhecido. Foi principalmente a história que se passou no lugar que me chama atenção (Duas revoluções, Segunda Guerra Mundial, briga feia com os americanos arrogantes e os russos ainda venceram Napoleon, hello? Estamos falando de super-heróis da história mundial, ainda que sejam meio obscuros e fácil de provocar!) e a mágia encantadora que está espalhada pela metrópole. Eu acho que viverei numa grande bolha de euforia quando tiver lá. Minha boca vai doer de tanto falar “oooh!” e “aaah!”. Eu adoro cidades grandes como Tokyo, NY, São Paulo etc. e Moscow é tipo a irmã mais velha deles. Lá encontramos o belo contraste do século XXI com o passado dramático, que se reflete na arquitetura da cidade.



*Nicghtcitylights mostra a vista para o centro de Moscow do President-Hotel que é t r é s b e l l e. Dê um click na foto para ter a vista grande dela.
O Metrô de Moscow é mágico e imagino que quando eu tiver passeando por lá, me sentirá como uma princesa perdida no passado dramático e revolucionário desta cidade.
Imagina fazer compras em um supermercado baroque como este:

Ou passear e tomar um café (ou uma vodka) no Shopping luxuoso Moscow GUM! P a r a í s o .
Existem vários hóteis em Moscow, que é uma das cidades com os quartos mais caros do mundo, mas já que não gosto muito de luxo inútil que encontramos em muitos hóteis, escolheria o Golden Apple Hotel, que fica num prédio super charmoso na cor de frappé de menta e que tem quartos bem minimalista-modernos, a maioria deles com um design preto e branco com alguns pingos de cor em móveis e decorações. Eu ficaria no quarto Chekhov Deluxe, só pelo nome mais diferente dele.
E esse seria meu look trés russo durante meu passeio por Moscow:

Moscow é um dos lugares onde si deve encontrar tudo que imagina e também tudo que nunca imaginava. Um lugar de mil e uma possibilidades.
Москва, я прихожу
Moscow, estou indo!